Ano de 2012: uma luz no final do túnel na política brasileira

Este ano foi particularmente interessante aos brasileiros, em termos políticos, e com alguns destaques: a Lei da Ficha Limpa foi adotada de forma plena, nas eleições para prefeitos e vereadores, barrando milhares de candidaturas que têm pendências com a Justiça; O Supremo Tribunal Federal traçou um novo paradigma para a Justiça Brasileira, ao condenar vários réus na Ação Penal 470, mais conhecida como o mensalão. Este fato é bem relevante, pois, até então, políticos e autoridades brasileiras não tinham sofrido condenações  tão expressivas, o que possibilitou certo empoderamento do STF, aos olhos da população. No entanto, a manutenção e o amadurecimento da Democracia sempre exigirá a presença de freios e contrapesos entre os Poderes constituídos da nação.

Perspectivas presentes e futuras

O cidadão precisa, cada vez mais, estar atento aos recentes ventos de mudanças no cenário político brasileiro, o que implicará em uma mudança de atitude, como forma de consolidar conquistas e ampliar direitos e assumir o controle social dos agentes públicos. O cidadão deve realizar o monitoramento dos portais de transparência das instituições e governos e exercer uma maior interação nas redes sociais, além de promover um acompanhamento mais diligente do trabalho de seus representantes, nos diferentes níveis de poder.

A população brasileira, com certeza, ainda espera ansiosa pelo dia em  que saiam de cena: os escândalos políticos, as notícias sobre desvios de recursos destinados  às políticas públicas e às obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento do país e  espera ainda, que a  corrupção na gestão dos bens públicos seja, de verdade, coisa do passado. É isso, a cada ano que se inicia renovamos nossas esperanças de que as coisas melhorem.

No entanto, deixo, uma vez mais, o meu alerta: a omissão do cidadão em participar da vida política de sua comunidade, de sua cidade, de seu Estado e do país, poderá deixar os “sonhos” mencionados acima, um pouco mais distantes e de pouca repercussão será a atitude de se queixar ou mesmo de tripudiar a classe política e de maldizer as condições de vida, pois tudo vai continuar da forma como sempre esteve, se não houver mobilização popular. Isso precisa mudar. A propósito, lembro que as maiores  mudanças positivas na qualidade de vida de um povo, sempre tiveram origens nas vontades individuais aglutinadas pelas massas, que se posicionaram,  exigiram e fizeram acontecer tais mudanças.

Ano de 2013: novas conquistas, novos embates e avanços políticos

São esperados fortes embates entre as forças políticas brasileiras, principalmente entre os Estados produtores e não produtores de petróleo e a União (vetos presidenciais),  envolvendo a distribuição dos royalties do petróleo, notadamente em relação à exploração da camada do pré-sal.

A Reforma Política, projeto de iniciativa popular,  será objeto da atuação do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral –  MCCE  em 2013 (veja e assine  a proposta em www.mcce.org.br). Trata-se do mesmo Movimento que conseguiu a aprovação da Lei da Ficha Limpa. Essa reforma política visa, prioritariamente,  corrigir desvios, vícios e inadequações no Sistema e  Código Eleitoral. Essas distorções têm provocado o desestímulo da população em relação às eleições, à distribuição do poder e à participação popular nos processos decisórios do país. Fique ligado e ajude na divulgação!

É esperada ainda, a consolidação de alianças político-partidárias importantes, tendo em vista as eleições presidenciais e ao legislativo federal, estadual e distrital, previstas para 2014.

Agradecimentos aos leitores do blog

Agradeço a todos que, de alguma forma, contribuíram com sua participação e ideias, com a finalidade de possibilitar a ampliação dos debates de questões que foram levantadas este ano aqui no blog. Muito obrigado.  Estimulo uma interação ainda maior entre nós, em 2013.

Agradeço também, por aqueles que tiveram um maior despertar da consciência política e que tiveram uma atuação mais presente na comunidade onde vivem e agiram como intelectuais orgânicos, ao difundirem boas ideias que possibilitaram maior estímulo ao exercício da cidadania e à  participação popular.